Ando com uma dificuldade enorme de escrever meus textos aqui, os últimos tempos têm revirado meus avessos e me feito repensar sobre vários aspectos da minha vida, sobre o meu modo de ver o mundo e descobri que alguns conceitos que construir a vida toda precisavam ser refeitos talvez nisso esteja minha dificuldade em compartilhar idéias.
Sempre tive uma visão romântica da vida, sempre achei que era melhor construir pontes e acessos nas minhas relações acreditando que o certo era dar o melhor de mim, mas acreditem, nem sempre isso é o melhor a se fazer. Em muitos momentos o melhor que você pode fazer è construir muros, fechar seus acessos e guardar o seu melhor!
È preciso construir os muros não para afastar de mim as pessoas que mais me querem bem, nem me fazer perder grandes oportunidades, o muro ao qual me refiro não deve ser construído com raiva, ressentimento ou amargura... Esse muro o qual estou construindo è feito de cuidado, respeito, paciência e muita empatia. Falo de um muro necessário para delimitar um mundo só meu e de valor inestimável que de hoje em diante só vai ter acesso quem realmente demonstrar sensibilidade para conhecer.
Porque na minha inocência de acreditar que só o AMOR bastava para mudar todas as coisas, permiti que o melhor de mim fosse usufruído por quem não merecia e não pense que esse erro foi cometido uma única vez. Foi minha ansiedade em acreditar que só construir pontes e dar livre acesso e ser boas com outros que meu trouxeram as marcas que carrego hoje e que a cada decepção è como se eu abrisse cada ferida novamente, reconheço isso.
E hoje não desmereço o valor das pontes que construir, elas são necessárias para que pessoas se aproximem, mais preciso além delas de muros e portões resistentes e seguros para que somente as melhores pessoas conheçam a mim! “Por que não sou para todos gosto muito do meu mundinho, ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade e lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos, mas não cabe muita gente e todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso.”
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade e lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos, mas não cabe muita gente e todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso.”
E è assim, que vou terminando 2011 construindo esse muro ao meu redor.
Julianna Morais
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