O primeiro...

Olá! Bom essa é minha primeira postagem... não sei bem como esse “mundo” funciona, mas ando com uma vontade louca de falar do que eu sinto e  porque aqui?! Não sei... talvez porque os bons e velhos diários tenham ficado fora de moda, ou porque a vida transformou as pessoas em seres mais virtuais do que reais, ou até mesmo para chegar até você o que eu sinto, porque embora admita que eu tenha sido parte responsável, você também tem a sua responsabilidade por ter gerado tudo isso, e saiba que sempre terá essa dívida comigo.

Nas últimas três semanas fico me questionando em que  momento começa o direito do outro de entrar em nossas vidas, nos desarmar, nos prometer o mundo, fazer com que acreditemos em algo como uma verdade, aponto de realmente lutar por esse objetivo, não permitindo que ninguém que diga que aquilo pode ser ilusão se aproxime, ou seja, fazer você realmente acreditar que ele valia a pena qualquer risco. Qual o direito que ele tinha de me fazer acreditar nisso e depois, por uma bobagem, simplesmente virar as costas e te deixar sozinha com todos aqueles sonhos e planos?!  

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.

Pois meus caros deixo aqui o recado, sei que falar palavras bonitas no momento de emoção, de prazer, por estar ao lado de uma pessoa bacana que te faz sorri e naquele momento te traz felicidade, acredite, é muito fácil. É fácil como ir a padaria da esquina comprar pão, ou beber água quando se sente sede... fácil e simples assim. Mas, precisamos lembrar que as pessoas são mais que uma tela de plasma que te  digita coisas bonitas, ou uma voz ao telefone que pode te escutar dizer: " Não vai ser para sempre... já é para sempre!" sem criar expectativas.  

Temos que aprender sermos responsáveis pelo o que cativamos, não temos o direito de entrar na vida de ninguém prometer o mundo, “navegar por mares, nunca antes navegados” e simplesmente, depois sair de cena como se não tivesse nada haver com a história... não vim aqui me fazer de vítima, vim apenas reafirmar que a " verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida." (Eduardo Girão), mas as inverdades que me falasse e me fizesse crê,  essas realmente,  me geraram feridas profundas que inflamam a cada atitude de indiferença  sua. Quem você realmente é?! 

 Julianna Morais